"Se este mundo me tomar as palavras
Será como quem rapta os filhos
Ou como eles maduros a sair de casa.
Não irei desejar supostos tesouros
E acabar escravo de meus frutos.
Por isso meus poemas são meus pães
Sovados, duros, torrados
Para quem quiser, que tenha que mastigar.
Para que os homens não me venham levar,
Nem em desejo a eles eu me vá juntar.
Para habitar minha casa distante.
Até o dia de me casar comigo.
Em alma, profundo e solene."
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